domingo, 8 de novembro de 2009

Mulher é presa duas vezes em 48 horas


Após ser liberada na terça por falta de laudo, traficante foi detida ontem (essa é fera!!!)


Apontada pela polícia como a chefe de bocas de fumo na Capital e em Alvorada, uma mulher de 56 anos acabou presa duas vezes no intervalo de dois dias.Depois de ser autuada em flagrante por tráfico na segunda-feira, Onilde Salete de Brito foi colocada em liberdade no dia seguinte pela Justiça. Ontem à tarde, ela foi detida novamente após ter sua prisão preventiva decretada pelo Judiciário.O episódio inusitado ocorreu porque a Polícia Civil de Alvorada não encaminhou ao Judiciário o laudo que atestava que as substâncias apreendidas na casa de Onilde e de seu filho Gilton de Brito, 24 anos, durante a Operação Irmãos Metralha, eram mesmo maconha e crack. Sem o documento, a dupla foi mandada para casa.A falha ocorreu por causa de um descuido durante a elaboração do flagrante da dupla na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Alvorada. Ao enviar o documento à Vara Criminal, o laudo de constatação da natureza das substâncias apreendidas não foi anexado. Conforme a titular da vara, Carla De Cesaro, o laudo provisório é fundamental para comprovar o crime de tráfico e a consequente prisão dos suspeitos. Sem o documento, a magistrada não teve a garantia do conteúdo do material apreendido.– Outra questão importante é que o flagrante foi entregue aqui (fórum) com atraso, mais de 24 horas após a prisão. Depois desse prazo, a prisão se torna ilegal – disse ela.Para a delegada Sônia Patel, responsável pelo flagrante, o laudo técnico é apenas uma formalidade legal, pois a perícia, geralmente, é assinada pelos próprios policiais que fazem a apreensão – procedimento permitido por lei.– Os depoimentos dos policiais davam conta da natureza das substâncias. É lamentável que a prisão tenha sido relaxada por isso. A autuação foi concluída e encaminhada para o Judiciário – afirmou.A delegada não sabe como ocorreu a falha, mas acredita que possa ter ocorrido na reunião dos documentos que seriam levados ao fórum. O caso será apurado administrativamente pela 1ª Delegacia Regional Metropolitana. Ontem à tarde, o delegado regional, Omar Abud, pediu cópia dos documentos à DPPA para apurar se houve ou não falha de servidores.Trapalhadas à parte em Alvorada, a suspeita foi presa novamente ontem pelo delegado da 18ª Delegacia da Polícia Civil (bairro Mario Quintana da Capital), Cesar Carrion, que coordenou as investigações que culminaram na operação policial de segunda-feira. Uma equipe da 18ª DP saiu às ruas para recapturar Onilde, que foi levada à Penitenciária Feminina Madre Pelletier no final da tarde. Segundo ele, a prisão foi possível porque um mandado de prisão preventiva havia sido expedido pela Justiça da Capital ainda na sexta-feira.– Na segunda-feira, o mandado ainda não havia entrado no sistema informatizado, por isso deixamos uma cópia em papel na DPPA para que a juíza fosse avisada. Ainda bem que conseguimos recapturá-la – afirma o delegado.

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