domingo, 8 de novembro de 2009

Inquérito sobre tortura no Presídio de Tijucas será concluído em três semanas


Nas próximas três semanas, a delegada Luana Backes pretende concluir as investigações sobre tortura no Presídio Regional de Tijucas, na Grande Florianópolis. Segundo ela, a principal dificuldade está em tomar os depoimentos de todos os envolvidos.

— Falta ouvir 17 presos. Alguns deles já foram liberados

— comenta a delegada.

As investigações sobre o caso começaram em maio deste ano, com a denúncia acusando agentes penitenciários, policiais militares e civis envolvidos em uma operação pente fino ocorrida em fevereiro. Luana Backes ressaltou que o trabalho é feito em conjunto com a Corregedoria da Segurança Pública e com o Ministério Público:

— Independente de ser policial militar ou civil ou agente prisional envolvido no caso, haverá tratamento igual nas investigações.

O delegado Gentil João Ramos, que foi designado pela Corregedoria da Polícia Civil para acompanhar o caso, ouviu o depoimento de 115 presos. Ele explicou que, em fevereiro, para fazer busca nas celas, os presos, semi-nus, foram colocados no pátio do presídio. A violência teria ocorrido na volta deles aos cubículos. O suposto caso de tortura em Tijucas se tornou no público no domingo, quando foram divulgadas imagens dos detentos agredidos. Na mesma reportagem, foram mostradas imagens de agressões contra presos em São Pedro de Alcântara. Punição Até esta terça-feira, ninguém foi afastado do cargo pelas agressões em Tijucas. Somente um agente prisional que trabalhava na Penitenciária de São Pedro de Alcântara continuava afastado de seu cargo. O secretário-executivo de Justiça e Cidadania, Justiniano Pedroso, diz que novos afastamentos vão depender do que for comprovado nas investigações. O inquérito sobre as agressões em São Pedro de Alcântara foi aberto na segunda-feira, após a veiculação das imagens no programa Fantástico, da Rede Globo.

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